Introdução: A síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) caracteriza-se pela diminuição ou ausência de fluxo de ar na cavidade nasal ou bucal. A expansão rápida maxilar (ERM) tem sido considerada uma opção importante no seu tratamento. O objetivo desta revisão consiste em aferir a eficácia da ERM no tratamento de crianças com SAOS. Metodologias: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados eletrónicas primárias e secundárias (PubMed, Web of Science, LILACS, Embase, and Cochrane Library) com as palavras-chave: ("Palatal Expansion Technique" [Mesh]) AND ("Sleep Apnea, obstructive" [Mesh]) considerando ensaios clínicos controlados aleatorizados, estudos de cohort, revisões sistemáticas e meta-análises em língua portuguesa e inglesa, realizados em humanos de idade inferior a 18 anos e com data de publicação entre janeiro de 2000 e dezembro de 2016. Resultados: Dos 84 estudos inicialmente identificados, 16 foram considerados potencialmente relevantes. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 10 foram eliminados. Dos 6 aceites, apenas 5 cumpriram os critérios estabelecidos na pesquisa e posterior avaliação positiva no formulário CASP e, por isso, foram incluídos. Conclusão:A ERM é eficaz no tratamento de crianças com SAOS que apresentem inadequada capacidade respiratória e deficiência transversal da maxila, resultando na melhoria das variáveis polissonográficas, principalmente no Índice de apneia-hipopneia. Implicações clínicas: Em crianças com endognatia maxilar que não apresentem hipertrofia adeno-tonsilar significativa e/ou doenças neuromusculares, cardiorrespiratórias e anomalias craniofaciais, a ERM é uma opção válida para tratar a SAOS. Schlagwörter: Revisão sistemática, meta-análise, síndrome de apneia obstrutiva do sono, expansão rápida maxilar, respiração bucal, índice de apneia-hipopneia, amígdalo-adenoidectomia